domingo, 22 de junho de 2014

22 DE JUNHO - CRISTIANO RONALDO AINDA NÃO ESTEVE AQUI

Fim da segunda rodada. Mais um domingo para recuperar as forças, depois do bate e volta a Belôs Aires. Messi! Fico sabendo que foram várias as confusões entre argentinos e brasileiros na cidade. Brigas e garrafadas. Quanta ignorância, Batman. Acompanhei a rodada pela telinha. Alguém viu Cristiano Ronaldo? Porque ele, indicadores apontando para o gramado, depois de bater no peito, costuma dizer "eu estou aqui". Até agora... nada. Não esteve. Sei não. Pode ser que eu queime a língua. No entanto, a participação do melhor boleiro do mundo nos dois primeiros jogos de Portugal foi pífia. Melancólica. Abaixo da crítica. Piaba na estreia contra a Alemanha. O gajo sumido. Sufoco contra o Tio Sam hoje. Empate no último minuto. Bacia das almas. E o moço dos cabelos impecáveis apagado em campo. Não teve telão que desse jeito. Verdade que o passe para o segundo gol foi dele. CR7. Mas é pouco. Bem pouco. Vá lá, os patrícios ainda respiram. Por aparelhos. Já tiveram umas três paradas cardiorrespiratórias. O atestado de óbito estava sendo assinado. O médico quase carimbou. Doutor, doutor, ainda há esperança. Foram reanimados. Mas o quadro é crítico. Precisam vencer Gana. Por boa diferença de gols. E torcer por derrota dos EUA para a Alemanha. Também por razoável diferença de gols. Milagre de Nossa Senhora de Fátima. Seria a terceira profecia? É angústia portuguesa. Com certeza. Camarada Saramago, a vingança contra as metrópoles continua. Ensaio sobre a cegueira. E a Bélgica, hein? Chegou com pompa e circunstância. Seleção revelação. Melhor geração de todos os tempos. Decepção. Que futebolzinho sem graça. Apático. Teve torcedor dormindo nas arquibancadas no primeiro tempo do jogo de hoje, contra a Rússia, no Maraca. Também se safaram nos minutos finais, num lampejo - único - do habilidoso Hazard. Foi só. Estão classificados para as oitavas. Com um futebolzinho... sonolento. Bem sonolento. Vou lá tirar um cochilo. Volto já. Às avessas, aquela que se anunciava como partida para deixar de lado mostrou-se uma bela diversão. Seis gols. Argélia 4 x 2 Coreia do Sul. Para manter a média. Fazer jus a um Mundial que tem privilegiado posturas ofensivas. A Copa das agradáveis surpresas ainda não tem favoritos. O Brasil estreou bem. Rateou contra o México. Ah, a Holanda. Destruiu a Espanha. Quase perdeu da Austrália. O time a ser batido é a Alemanha. Quase foi mesmo, por Gana, depois de ter feito picadinho de Portugal. Quem? Espanha? Deixa para lá. Uruguai? Salve, Costa Rica! Não sei porque colocam a Inglaterra na lista dos favoritos. A relação dos súditos da rainha com o futebol se encerra na invenção do esporte. E um título bastante questionável. Só. A Itália convenceu contra os ingleses. E não viu a cor da bola contra os costarriquenhos. Se não fosse o Messi, a Argentina estaria em apuros. Sim, a França chama a atenção. A Colômbia agrada. O Chile mostra muita força, futebol que encanta. Convence. Os chicos da Costa Rica honram a tradição de DNA ofensivo santista. Mas, todos eles, penso, ainda não despontaram com pinta de favoritos. A terceira e decisiva rodada da fase de grupos promete fortes emoções. A encrenca é que chegamos àquele momento em que dois jogos acontecerão ao mesmo tempo. Copa comprada! O Brasil vai jogar já conhecendo resultados. Podendo escolher adversário! Chile ou Holanda? Que perrengue, cara pálida. Vai comprar mal assim lá em Amsterdã. Ou em Santiago. Imagina na Copa... Meu coração está apertado. Chegamos à metade do Mundial. Só faltam 32 jogos. Ai... Ronaldo, o oportunista que não é mais o único maior artilheiro das Copas, disse que o torneio seria um fracasso. Que a Espanha seria campeã. Ainda bem que ele está apoiando Aécio Neves. Dilma foi oficializada ontem candidata à reeleição. Promete mudanças. Uia. Mas o governo não está no rumo certo? Não há fronteiras para a imbecilidade humana. Uruguaios limpinhos que estiveram no Itaquerão no jogo contra a Inglaterra, área vip, mandaram palavrões para o presidente Mujica. Papagaios imbecis. Nem originalidade têm. A FIFA serviu comida estragada para funcionários e voluntários na Arena Pernambuco. Nojento. Que tal servir essa mesma alimentação padrão FIFA nos camarotes dos estádios? Fica a dica. Passei o dia matutando. No ano passado, esperava-se que a Copa das Confederações fosse uma grande festa. A colocar em evidência um país que faz também da bola elemento constituinte de sua identidade. Explodiram as jornadas de junho. O evento quase foi cancelado, em plena disputa. Em 2014, a histeria coletiva ranheta, inflada pelas narrativas midiáticas movidas por propósitos politiqueiros rastaqueras, previa uma hecatombe de proporções incomensuráveis. Um fiasco. Eis aqui um país incapaz de organizar um evento como a Copa do Mundo. Antes do final da primeira fase do Mundial, marcado por jogos sensacionais, resgate do futebol ofensivo, não é pequeno o coro que pede, simbolicamente, que todas as Copas sejam agora realizadas por aqui. O Brasil não é para amadores. Amanhã tem Seleção em campo. Antes, Chile x Holanda no Itaquerão. Lá estarei. Aliás, ao final do Mundial, poderei dizer, sobre o estádio do Corinthians: "eu estive aqui. Duas vezes". Abraços, CR7.

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