terça-feira, 18 de setembro de 2012

VEJA, PERGUNTAR NÃO OFENDE...




A revista (Panfleto? Tampa de esgoto?) Veja diz que tem a gravação da entrevista com Marcos Valério ("matéria" de capa da edição que está nas bancas) botando a boca no trombone e acusando o ex-presidente Lula de ser o chefe do "mensalão", mas avisa que decidiu não divulgar o áudio para respeitar acordo feito com a fonte. 

Singelas dúvidas: 

1) Por que raios então a revista escreveu e reconheceu inicialmente, no editorial ("Carta ao Leitor") da mesma edição, que a tal entrevista não aconteceu e que foram ouvidos amigos e "interlocutores próximos" a Marcos Valério?; 

2) Por que Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério, veio imediatamente a público para reforçar e garantir que a revista jamais conversou com o cliente dele, sem que a publicação da Abril movesse um músculo para contestar a afirmação?; 

3) Se essa gravação existe, por que não foi ainda encaminhada para a Justiça, para que os devidos procedimentos de investigação sejam adotados? A Veja tem prerrogativas de Ministério Público?; 

4) Se Veja tivesse mesmo esse tiro de AR-15 contra Lula, por quem alimenta ódio de classe desde sempre, trancaria o troféu a sete chaves ou correria para espalhar a gravação por todos os canais e meios possíveis e imagináveis, fazendo um "estardalhaço final"? Não seria a tão desejada "bala de prata"? E fica guardada?;

5) Veja guardaria esse tesouro em plena campanha eleitoral (disputas municipais)?;

6) Desde quando a revista se comporta de forma ética, a ponto de honrar e respeitar acordos feitos com as fontes?

7) Por fim, por que diabos o governo federal continua sustentando esse panfleto (só o governo Dilma investiu cerca de 1,5 milhão de reais na Editora Abril, em inserções publicitárias)?

Só para saber. Perguntar não ofende. 

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