quinta-feira, 7 de março de 2013

SE O FUTEBOL FOSSE SÉRIO...

Se a Confederação Sul-Americana de Futebol, vulgo Conmebol, fosse uma entidade séria, o Palmeiras estaria eliminado da Taça Libertadores da América, depois das selvagerias patrocinadas pela Mancha Verde no saguão de embarque do aeroporto de Buenos Aires (Aeroparque). Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o Corinthians estaria eliminado da Libertadores, por conta do assassinato do jovem boliviano Kevin Beltrán nas arquibancadas do estádio de Oruro, atingido por sinalizador criminosamente disparado por algum torcedor corinthiano. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o Peñarol estaria eliminado da Libertadores, para punir torcedor que acha que estádio é octógono de vale-tudo. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o Vélez estaria eliminado da Libertadores, também para aprender que futebol não é luta livre. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o San José estaria eliminado da Libertadores, por ser também responsável pela entrada de sinalizadores proibidos em partida de futebol. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o Tigre sequer poderia ter sido inscrito na Libertadores deste ano, por ter covardemente abandonado o campo na final da Copa Sul-Americana, no ano passado. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, o São Paulo sequer poderia ter sido inscrito na Libertadores deste ano, porque segurança de clube não tem nada que ser metido a valentão, invadir vestiário e partir para cima de jogador de equipe adversária. Se a Conmebol fosse uma entidade séria, reconheceria sua incompetência e renunciaria imediatamente ao direito de organizar a Libertadores - e qualquer outro torneio. Se as confederações nacionais fossem sérias, não fariam conchavos para eleger boçais mequetrefes para tomar conta do futebol do continente. Se os clubes fossem sérios (e, antes que as patrulhas entrem em cena, o Santos faz parte dessa máfia), não estabeleceriam pactos nefastos para eleger boçais mequetrefes para tomar conta do futebol de seus países. Se os clubes fossem sérios (novamente, o Santos aparece aqui), não manteriam relações espúrias com as gangues que são chamadas de torcidas organizadas. E, se eu fosse um cara sério, já teria deixado de acompanhar futebol há muito tempo. 

4 comentários:

  1. Chico, eu também não sou um cara sério. Mesmo sabendo de tudo o que você disse, e mais 1 milhão de coisas que acontecem por trás do futebol, continuo acompanhando e torcendo em todos os jogos.

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  2. Acho que uma certa tradição nacional-arraigada e um orgulho irracional ainda sustentam o meu "gosto" por futebol, mas essa espiral descendente vem acelerando, justamente e ironicamente num momento em que meu clube do coração alcançou seus pódios mais almejados. Uma pena, mas acho que superar a loucura pelo futebol está entre os degraus de uma certa elevação humana. O tempo dirá! Abraços, professor Chico!

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  3. Sou coritiano e acabo de ver que a Conmebol liberou a torcida para os jogos em casa. Essa entidade é rídicula, o futebol sulamericano é de uma cretinice sem tamanho.

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  4. Tudo a ver com esse texto, Chico:

    http://blogdojuca.uol.com.br/2013/03/o-dia-em-que-o-futebol-brasileiro-acabou/

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