quarta-feira, 18 de junho de 2014
18 DE JUNHO - QUE FÚRIA?
A campeã voltou. Mais cedo para casa. Dois jogos, duas derrotas. Sete gols sofridos. Um só anotado. De pênalti - bem mandrake. A Fúria comprou a Copa! Está na cara! Esquema Reino de Castela! Será? Maracanã e Espanha definitivamente não combinam. Não ornam. A atual campeã do mundo chegou falando grosso. Confiança de quem tinha papado tudo nos últimos anos. Vai terminar a Copa sussurrando fininho, enfrentando a Austrália num vale-nada. Já pensou perder para os cangurus boleiros e terminar em último do grupo? Acho que os jogadores espanhois queriam mesmo era retornar a tempo de ver o novo rei ser coroado. Por qué no te callas, Chico? Vai começar a temporada de caça às bruxas. Não era tudo isso mesmo. Ganharam por acaso em 2010. Espanha não tem camisa. Não tem história. O futebol está entrando nos eixos. Voltando ao normal. Foi só ventinho passageiro. A convocação do Diego Costa rachou o time. Subiram no salto. Empáfia. Pode ser tudo isso e mais um pouco. Mas o fato, meus profetas do apocalipse, é que não se ganha dois títulos europeus de seleções e uma Copa do Mundo por sorte. Obra do acaso. Iniesta e Xavi têm lugar de destaque no altar dos craques de todos os tempos. O Chile foi grande. Estupendo. Não deu chances. A começar pelas arquibancadas. Contagiantes. Que o la tumba serás de los libres o el asilo contra la opresión. Allende, meu camarada, el pueblo unido. Cantando. Festejando. Bonito. O vermelho tomou conta do estádio. Propaganda subliminar encomendada pelo PT. Aposto. Cretina foi a invasão da sala de imprensa por alguns torcedores trogloditas sem ingresso. Babaquice completa foi novamente a histeria de xingamentos contra o atacante Diego Costa. Quem ofende é a mesma torcidinha de balada que acha que o suprassumo do máximo num jogo de Copa do Mundo é dar tchauzinho para o telão. Fazer coraçãozinho juntando as mãos. E entoar a plenos pulmões o "com muito orgulho, com muito amor". Paspalhos. Ouvi o primeiro tempo no rádio, no carro. Um tantinho, até o primeiro gol, cravadinho, junto com a Luiza e o Daniel. Depois, até os trinta do segundo tempo, a caminho da universidade. Fatura garantida. Os quinze minutos finais consegui ver na Arena Sala dos Professores. Temperatura e umidade relativa do ar bastante agradáveis. Arquibancadas e gerais completamente lotadas, setores 1, 2, 3... Torcida docente cerrando fileiras com os bravos e hábeis baixinhos chilenos. O jogo nem tinha acabado e o nosso terceiro tempo já estava a todo vapor. Éramos todos espectadores-palpiteiros. Comentaristas padrão FIFA. "A metrópole não está se dando bem mesmo. Portugal vai logo também. Nunca vi um time correr tanto. Muito bom esse zagueiro central. A Espanha não renovou, trouxe uma geração envelhecida. Não dá para deixar o Xavi no banco. Esse técnico é louco. Valdivia entrou. Mas já pediu substituição. Sentiu fisgada na coxa. Prefere ser poupado". A encrenca, torcida brasileira, é que esse bom time do Chile pode em breve cruzar o caminho do Brasil. Ou talvez seja a temida Holanda, que fez hoje um ótimo jogo bumerangue contra os cangurus australianos. Saiu na frente. Tomou a virada. Revirou a partida. 3 x 2. Vem chumbo grosso por aí. Antes, claro, o Brasil precisa confirmar no campo a classificação para as oitavas. Dormi mal a noite passada. Ressaca. Sono agitado, quebrado. Levantei várias vezes. Meio dormindo, meio desperto, aquele estado de vigília entorpecida, comecei a pensar no que faria se fosse o Felipão. Primeiro, carcada geral. Depois, conversinhas aos pés de ouvidos. Dirigidas. Paulinho, guri, esqueceu o futebol em Yokohama? Marcelo, bah, deixe de se jogar na área. Bernard, os milicianos ucranianos roubaram a alegria de suas pernas? Daniel Alves, comer a banana foi genial. Mas dá para jogar um pouquinho de bola também? Oscar, quero um jogo bom, outro também. Fred, tem muito neguinho aí que colocou você no bolão como artilheiro da Copa! Honre esse compromisso! Neymar, tu é craque. Mas solta a bola de vez em quando, combinado? Estou nervoso. Imagina na noite de domingo. Imagina na Olimpíada. Imagina quando o árbitro apitar o início do jogo contra Camarões - que hoje, com um a menos, foi massacrado pela Croácia. Falta muito para segunda-feira? Os nobres vereadores paulistanos rejeitaram o projeto que decretava feriado no dia do jogo. Sábios. Será volta de feriadão. Tem Chile x Holanda no Itaquerão, começo da tarde. E todo mundo saindo cedo do trabalho para ver o Brasil. Promessa de fortes emoções. São Paulo vai travar. Perdi a liderança no bolão da família. Amanhã estarei no Itaquerão. Uruguai ou Inglaterra? Quem vai acompanhar a Espanha?
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