Discussões políticas-cinematográficas acaloradas em uma manhã seca, quentíssima e grudenta de um preguiçoso domingo de férias.
- Vamos ver o Hobbit?, convidou Elisa Marconi.
- Sim!, gritamos todos.
Primeiro tema da pauta do dia superado e resolvido por consenso.
- No final da tarde, sugeri.
Proposta também aprovada com quatro votos, sem divergências, questões de ordem ou de encaminhamento.
- 3D ou não?, continuou Elisa, presidindo a mesa.
A bancada rachou. Discursos e argumentos inflamados.
- Sem 3D!, bradou Luiza.
- Com 3D!, defendeu Daniel.
Eu disse que era indiferente. Abstenção. Elisa engrossou o desejo da bancada feminina. Voto de minerva. Daniel ficou isolado. Mas não desistiu.
- Deve ser muito mais emocionante com 3D.
Em silêncio, ponderei e concordei. Fiquei imaginando as batalhas dos cinco exércitos ao alcance das mãos. Mas Luiza respondeu com propriedade.
- Eu fico com muita dor de cabeça. E a mamãe também prefere sem. Dois a um. Vence a maioria. Democracia.
O moleque resolveu apelar para teses aecistas.
- Então vou pedir seu impeachment!
Achei mais sensato suspender a sessão extraordinária. Breve recesso. Para acalmar os ânimos. Voltaremos em breve, com as resoluções finais.
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